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Ditadura da felicidade: você já ouviu falar?

Ana Claudia Quitana Arantes, médica paliativista, no seu livro Pra vida toda valer a pena viver, apresenta esse termo com uma reflexão:

“A ditadura da felicidade ou da estabilidade revela-se uma escravidão permanente que nos priva de viver tudo que a vida nos oferece – o que pode ser bom, mas em geral, não é.”

E por que não é bom viver essa estabilidade?

Precisamos aprender a sentir, precisamos permitir sentir. A estabilidade traz a sensação de que sabemos de tudo, podemos lidar com o que sentimos porque, de certa forma, ignoramos outros sentimentos que não consideramos “bons”.

Mas afinal, o sentimento não é bom porque não sei lidar ou ele não é bom porque eu já experimentei e sei que não é? A importância de se permitir sentir é essa. Poder viver a experiencia daquele sentimento, deixar ele ser como deve ser sem que precise ser ignorado e guardado numa caixinha bem no fundo, só ignorando a sua existência.

Ignorar o que sentimos é uma porta de entrada para a ditadura da felicidade e, assim como no trecho do livro, não nos deixa viver o que a vida oferece e, se a vida oferece esses sentimentos que ignoramos, que graça podemos achar na estabilidade?

É preciso reconhecer a incerteza que é viver – ah, eu imagino que seja muito difícil aceitar a incerteza e o não ter que o que fazer –, reconhecer que não se sabe o próximo passo por mais que esteja tudo planejado.

Essa escravidão e a busca de uma estabilidade emocional, pode nos fazer acreditar que só o que é bom precisa ser sentido e vivenciado, quando na verdade, os outros sentimentos “privados” de se permitir sentir, também trazem significados para o que está sendo vivido naquele momento.

É preciso estarmos atentos ao sentido que damos aos nossos sentimentos. Por qual motivo seria interessante a busca de viver essa ditadura da felicidade? Somos seres inconstantes, sempre em movimento, o nosso sentir não é uma linha reta.

Eu desejo que você que chegou até aqui possa se deixar sentir, ao menos uma vez, os sentimentos sem se preocupar com o que fazer com ele ou sem ter a preocupação de que ele precisa ser silenciado e ignorado. Assim como diz Lulu Santos: vamos viver tudo que há para viver; e que nesse tudo para viver tenha espaço para os momentos e emoções não tão gostosas e boas de se sentir, precisamos nos conhecer ou reconhecer diante disso tudo.

Mayara Cristini Camargo

Psicóloga Clínica, Pós graduanda em Cuidados Paliativos e Terapia da Dor, CRP: 06/184814, @psi.macamargo, Contato (12) 99789-7383

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