Eu tenho certeza que você já ouviu sobre esse assunto, mas você já leu sobre?
Para a OMS, Cuidados Paliativos é um modelo de assistência que é direcionado para um alívio dos sintomas da doença terminal, auxiliando não só o paciente, mas os familiares e, até mesmo os profissionais da equipe. O objetivo dessa assistência é oferecer ao paciente condições que complementem suas necessidades até o final da vida, além do suporte à família.
E a psicologia nisso tudo?
A psicologia vai trazer uma visão desse momento que vai além do biológico, mas trazendo um olhar direcionado para a mente, trabalhando a finitude da vida, oferecendo assistência aos envolvidos nesse processo, indo de paciente, equipe médica e familiares/acompanhantes.
A psicóloga nesse ambiente, além da escuta acolhedora e intervenção técnica, também trabalha a questão da morte como algo natural, conhecendo as fantasias trazidas com o tema que acompanham tanto o paciente quanto quem o acompanha. A psicologia traz com a competência do profissional a atenção ao que é dito e não dito, para que se possa alcançar a angústia e os sentimentos que aparecem nesse momento. Com a escuta acolhedora, a psicóloga consegue identificar as demandas verdadeiras do paciente.
A psicóloga em uma equipe de Cuidados Paliativos precisa ter atenção para não invadir o espaço nesse processo do tratamento, mas de facilitar a integração do paciente, da equipe e da família, mantendo o olhar para o paciente e na melhora da sua qualidade de vida.
E é sempre bom lembrarmos que: cuidados paliativos têm a ver com vida, e não com morte. Escolher morrer com dignidade e com qualidade de vida, porque sim, é possível ter qualidade de vida em um momento de finitude. Cuidados Paliativos não prolonga o sofrimento, ele existe para que se possa amenizar o sofrimento nesse processo.
Fonte: https://revistasbph.emnuvens.com.br/revista/article/view/430/417