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Congelamento de óvulos – Vanessa Moreno

Muitas mulheres têm optado em postergar a gravidez pois se encontram em um momento de priorizar sua vida profissional. Mas como não querem desistir de gerar um filho futuramente, com menos riscos para a sua ou para a saúde do bebê, elas têm recorrido a um procedimento já bastante estabelecido na reprodutiva, o .

O congelamento de óvulos, ou criopreservação como chamamos, pode ser considerado, hoje, uma ferramenta do empoderamento feminino, pela liberdade de posicionar o momento da maternidade em concordância com os planos pessoais e profissionais da . Ele é uma estratégia importante para a realização da Fertilização in Vitro (FIV).

O primeiro caso registrado de uma gestação bem-sucedida realizada a partir de um óvulo congelado ocorreu em 1986, mas a técnica só se popularizou no início do ano 2000. Desde então, houve grande progresso com o passar dos anos, o recurso foi aprimorado a ponto de garantir uma taxa de gravidez favorável e tornou-se, então, um tratamento possível de ser realizado em clínicas de .

Essa evolução se deu pela técnica conhecida como vitrificação, que tornou o congelamento social dos óvulos mais rápido, permitindo que o gameta feminino sofra menos danos durante o procedimento. Com essa nova tecnologia, as chances de sobrevivência do óvulo ao descongelamento chegam, atualmente, em torno de 85% – 95%.

Quando o congelamento de óvulos é indicado?

Vários são os motivos que podem levar uma mulher a escolher pelo congelamento social de óvulos, além do desejo de adiar a maternidade até que ela esteja mais estabelecida profissionalmente. Os principais são:

Preservação da fertilidade: alguns tratamentos oncológicos, como a radioterapia ou a quimioterapia, podem afetar a fertilidade. Nesses casos, o congelamento social de óvulos é realizado antes de a mulher iniciar o tratamento contra o , permitindo que ela tenha seu filho biológico futuramente.

Tratamento de Fertilização in Vitro (FIV): nos casos em que a coleta de espermatozoides do parceiro da paciente não resulta em um número considerado ideal para a FIV, os óvulos coletados no procedimento poderão ser congelados para aguardar uma coleta melhor de gametas masculinos.

Em casos me produção independente, quando a mulher deseja gestar sem ter um parceiro, pode congelar os seus óvulos, e fazer a aquisição de sêmen de doador para que seja fertilizado.

Existem também casos de mulheres que preferem congelar os óvulos excedentes resultantes da indução ovulatória que é realizada durante o tratamento de FIV, como uma garantia para próximas gestações ou em casos de falhas.

Baixa reserva ovariana: congelar os óvulos pode ser uma opção importante para pacientes que apresentam histórico familiar de menopausa precoce ou quando precisam remover os ovários por doenças benignas, ou que serão submetidas a tratamentos de doenças autoimunes que possam comprometer a reserva ovariana.

Fazer mais de um ciclo e fazer acúmulos de óvulos para que sejam fertilizados todos de uma só vez.

Como é o processo de congelamento de óvulos?

O procedimento de congelamento de óvulos pode ser dividido em algumas etapas:

Indução da ovulação: consiste na administração de hormônios, durante um período de aproximadamente de dez a doze dias. Esse procedimento tem como objetivo potencializar o crescimento de um número maior de folículos dentro de um mesmo ciclo menstrual, resultando na coleta de mais de um óvulo, ao contrário do que ocorre na ovulação ;
Controle da ovulação: Essa etapa visa acompanhar a eficácia dos hormônios utilizados para a indução da ovulação por meio de ultrassom transvaginal e exames hormonais (de sangue), que permitem medir os folículos que se desenvolveram e prever aproximadamente a quantidade de óvulos que serão coletados na aspiração folicular;
Coleta dos óvulos: cerca de 34 a 36 horas após a última aplicação hormonal orientada pelo especialista é realizada a coleta dos óvulos resultantes da indução ovariana. O procedimento, feito sob sedação, consiste em aspirar os óvulos utilizando uma agulha acoplada a um aparelho de ultrassom (transdutor), que permite a visualização do especialista. A coleta leva aproximadamente de 10 a 15 minutos e a paciente não deve sentir nenhuma , ou dor de leve intensidade, podendo ser liberada momentos após o procedimento;
Preparação para o congelamento: após serem aspirados, os óvulos sáo denudados (limpos com a retirada das células de cumulus) para que no laboratório possa ser classificados sua maturação, pois óvulos viáveis para criopreservação ou fertilização são apenas aqueles que são maduros, após isso, em média de 2 horas após a coleta, é dado o início ao processo de congelamento, onde esses óvulos maduros passam por substâncias de esquilibrio e crioprotetoras, que evitam a formação de cristais de gelo durante o congelamento de óvulos, preservando a qualidade da célula; O óvulo, após ser criopreservado, é armazenado em nitrogênio líquido a -196°C.

Óvulos prontos para serem criopreservados. Foto: Fertvita Medicina Reprodutiva
Processo de criopreservação dos óvulos no laboratório. Foto: Fertvita Medicina Reprodutiva

Quando a mulher desejar engravidar, os óvulos são descongelados. No laboratório, esses óvulos serão fecundados pelo espermatozoide do parceiro ou do doador, o que formará um embrião. O embrião viável ou embriões viáveis é transferido para o útero da paciente, a fim de completar o seu desenvolvimento.

Quantos dias são necessários para congelar os óvulos?

Isso dependerá de como o organismo da mulher reagirá à indução ovariana. Geralmente, o congelamento dos óvulos ocorre depois de 10 a 12 dias de indução, depende do protocolo definido pelo seu médico.

Quanto tempo o óvulo pode ficar congelado?

Não há um limite de tempo para o armazenamento dos óvulos congelados. Existem casos nos quais a mulher engravida com óvulos congelados por mais de uma década. Essa durabilidade é possível quando a qualidade do material é preservada, isto é, quando o congelamento dos óvulos é realizado da maneira correta, podendo ficar congelado por tempo indeterminado.

Até que idade é possível congelar óvulos?

Se houver óvulos em quantidade e qualidade necessárias para o congelamento, ele pode ser feito em qualquer idade. Porém, quanto mais jovem for a mulher, melhor será a qualidade dos óvulos coletados e maiores as chances de uma gravidez no futuro.
A recomendação é que o procedimento seja realizado até os 35 anos, já que os óvulos envelhecem e tendem a perder a qualidade. Além disso, quanto mais avançada é a idade materna, maior é a chance de o bebê nascer com alguma alteração cromossômica, ou seja, com alguma síndrome ou má formação.

Quanto custa o congelamento social de óvulos?

O custo varia de clínica para clínica, mas caso você esteja considerando o congelamento social de óvulos para engravidar futuramente, independentemente do motivo, é fundamental buscar a orientação de um especialista em reprodução assistida. Apenas um profissional poderá indicar se o procedimento é realmente necessário ou adequado para o seu caso.

“A criopreservação salva sonhos…sonhos, que viram vidas! ”

Dra. Vanessa C. Freitas Moreno

Biomédica – CRBM -5 6788

Embriologista Sênior e Diretora do laboratório de fertilização in vitro na clínica
FERTVITA Medicina Reprodutiva em Balneário Camboriú – SC.

Com habilitação profissional nas áreas de Patologia clínica, Biologia Molecular e
Reprodução Humana; pelo Centro Universitário Unimetrocamp – Campinas – SP.

Especialista em Reprodução Assistida pelo Instituto Sapientiae, São Paulo – SP.

Pós-graduanda em Embriologia Clínica pela Red Latinoamericana de Reproducción
Asistida (REDLARA)

Endereço: Rua Fernando de Azevedo, 137, Praia dos Amores, Balneário Camboriú – SC.

Telefones: (47) 2122-3232 | (47) 98837-2052 -WhatsApp

Instagram: @fertvitamedicinareprodutiva | @biomedicinareprodutiva | @vanessafmoreno

Site: fertvita.com.br

Redação Lume

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