No Brasil, o câncer figura entre as principais causas de óbito, destacando-se, sobretudo, os tipos mamário, prostático, pulmão e colorretal. A prevenção dessas enfermidades exige uma compreensão abrangente que engloba fatores biológicos, hábitos de vida e exposições ambientais. Este texto procura apresentar um panorama sobre estratégias eficazes e acessíveis para minimizar o risco de desenvolvimento do câncer, com fundamento em evidências científicas.
O panorama brasileiro, marcado por sua vasta diversidade geográfica e socioeconômica, influencia diretamente na incidência dos diversos tipos de câncer. Por exemplo, observa-se uma maior prevalência do câncer de colo uterino em regiões menos desenvolvidas, ao passo que o câncer de mama predomina em áreas urbanizadas e industrializadas. Tal variação ressalta a necessidade de políticas de prevenção que considerem as particularidades de cada localidade.
A exposição a determinados agentes ambientais, tais como poluentes atmosféricos, radiação ionizante, pesticidas, medicamentos e microorganismos, pode elevar o risco de desenvolvimento de neoplasias. Ademais, alterações epigenéticas, que modificam a expressão gênica sem alterar a sequência de DNA, podem ser influenciadas tanto por fatores ambientais quanto por hábitos de vida, contribuindo para a oncogênese.
Estudos estimam que entre 80 a 90% dos casos de câncer estão associados a fatores externos modificáveis, não sendo, portanto, determinados exclusivamente por predisposições genéticas. O modo de vida contemporâneo, que inclui dietas ricas em alimentos processados, sedentarismo, privação do sono, exposição a poluentes ambientais, contribui para o entendimento destes números.
A obesidade, especificamente, está relacionada ao aumento do risco de ao menos 13 diferentes tipos de câncer, incluindo neoplasias do trato gastrointestinal, como os de cólon, pâncreas e fígado, além de cânceres hematológicos, como linfomas e mieloma múltiplo. Esse risco elevado advém de fatores como inflamação sistêmica crônica, desregulação hormonal e comprometimento do reparo celular.
Para a prevenção primária do câncer, a adoção de um estilo de vida saudável é imprescindível. Entre as medidas recomendadas, destacam-se:
- Dieta: Preferir alimentos naturais e integrais, como frutas, vegetais, sementes, castanhas, carnes não processadas, grãos e leguminosas, e evitar alimentos ultraprocessados, por exemplo, refrigerantes e salgadinhos. Sempre que possível considerar a inclusão de alimentos orgânicos.
- Abstinência de álcool e tabaco: Evitar o consumo destas substâncias.
- Manutenção de um peso corporal adequado.
- Atividade Física: A prática regular de exercícios contribui para a redução do risco de diversos tipos de câncer. O exercício físico regular é capaz de promover um equilíbrio hormonal e imunológico.
- Sono: Uma rotina de sono regular é vital para a prevenção do câncer Ao alinharmos nosso organismo ao ciclo circadiano otimizamos a produção de hormônios essenciais à imunidade, como o cortisol e a melatonina.
- Gerenciamento de Estresse: Práticas como a meditação podem reduzir o estresse, promovendo bem-estar espiritual e físico.
- A detecção precoce, mediante exames específicos, desempenha um papel fundamental no combate ao câncer. No entanto, é vital discutir com profissionais de saúde os benefícios e riscos associados a cada procedimento, como a mamografia, o teste de PSA para o câncer de próstata e a colonoscopia para o câncer colorretal, além dos exames preventivos para o câncer de colo do útero.
Estes exames, apesar de importantes, possuem riscos e devem ser individualizados para cada contexto clínico. A detecção precoce é muito desejada e importante para o melhor tratamento, no entanto, resultados falso-positivos, por exemplo, podem ocorrer e resultar em maior estresse físico e emocional ao indivíduo e, portanto, exige atenção médica especializada para a obtenção dos melhores resultados.
Assim, a prevenção do câncer demanda uma abordagem integrada, que combine mudanças nos hábitos de vida, atenção aos fatores ambientais e a realização consciente de exames de rastreamento. Essas medidas, além de reduzirem o risco de câncer, promovem a saúde geral e o bem-estar, contribuindo para a prevenção de outras doenças crônicas.
Eu sou o Dr. Bruno Conte, e mais do que médico, considero-me um artesão da medicina, esculpindo a arte de cuidar com dedicação e precisão. Com especialização em Clínica Médica e uma rica trajetória na Oncologia Clínica, trago não apenas conhecimento técnico, mas também um compromisso inabalável com o bem-estar dos meus pacientes.
Minha filosofia de atendimento transcende o convencional; é uma abordagem integrativa que reconhece você — o paciente — em todas as suas facetas únicas. Acredito que a excelência médica reside na atenção aos detalhes e na personalização de cada plano de tratamento, pois cada história de vida merece o seu próprio roteiro de saúde.
Na intersecção entre ciência de ponta e compaixão humana, empenho-me em construir relações de confiança e esperança, sempre com o olhar no indivíduo, não apenas na doença. Para mim, a verdadeira cura começa com a escuta atenta e a compreensão profunda das necessidades de cada um.
Convido você a conhecer mais sobre minha prática médica e a embarcar em uma parceria de saúde que coloca você no centro de todo cuidado. Juntos, podemos trilhar o caminho para uma vida mais saudável e harmoniosa.
Dr. Bruno Conte
Médico
Especialista em:
Clínica Médica (Hospital Ana Costa, Santos – SP. Titular pela SBCM – Sociedade Brasileira de Clínica Médica).
Oncologia Clínica (AC Camargo Cancer Center, São Paulo – SP) e (MD Anderson Cancer Center, Departamento de Tumores Gastrointestinais, Houston, Texas, EUA).
Nutrologia (Titular pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia).
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