A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) tem sido amplamente reconhecida como uma abordagem eficaz no manejo de comportamentos em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com base em princípios científicos comprovados, a ABA oferece uma estrutura abrangente para entender, modificar e promover comportamentos adaptativos em pessoas com autismo.
No contexto do autismo, a ABA desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de habilidades essenciais e na redução de comportamentos desafiadores. Através de uma abordagem individualizada e sistemática, os profissionais de ABA trabalham em estreita colaboração com os indivíduos com TEA e seus familiares para alcançar resultados significativos.
Em uma conversa com o Dr. Sergio Machado, ele conta um pouco de sua história pessoal e profissional, de seu diagnóstico tardio, de pai atípico, de professor e empresário na área de saúde. Após conhecer a ciência ABA, e os seus benefícios no manejo de comportamentos inadequados e na ampliação do repertório de habilidades sociais dos autistas, ele se dedicou a estudar e se especializar cada vez mais no tema.
Sergio Machado é sócio-fundador de uma empresa privada que tem diversos serviços de saúde para pessoas neurodivergentes, com público principal o de autistas, sendo a maior do estado do Rio de Janeiro na área, oferecendo atendimento de qualidade.
Sergio Machado é neurocientista, Pós-doutorado e PhD em Saúde Mental, especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), referência em Neurociência e comportamento na neurodivergência, com forte compromisso pela excelência no oferecimento de tratamentos embasados em conhecimentos científicos e nas práticas baseadas em evidência.
A ABA parte do princípio de que todo comportamento tem uma função subjacente. Ao analisar cuidadosamente os antecedentes, o comportamento em si e as consequências, os terapeutas ABA são capazes de identificar os gatilhos e os propósitos que motivam determinados comportamentos, sejam eles adaptativos ou desafiadores. Essa compreensão profunda permite que os profissionais desenvolvam estratégias personalizadas para ensinar habilidades alternativas e promover comportamentos desejáveis. Ao substituir comportamentos problemáticos por respostas mais construtivas, as pessoas com TEA podem aprender a se comunicar de maneira mais eficaz, a se autorregular emocionalmente e a se engajar de forma mais positiva em suas atividades diárias.
Uma das principais metas da ABA no manejo de comportamentos é o desenvolvimento de habilidades fundamentais, como comunicação, interação social, independência e autocontrole. Através de um planejamento cuidadoso e da aplicação de técnicas comprovadas, os profissionais de ABA ensinam essas competências de forma sistemática e incremental. Por exemplo, uma criança com TEA que apresenta dificuldades em expressar suas necessidades pode aprender a usar um sistema de comunicação alternativa, como imagens ou dispositivos de comunicação assistida. Essa aquisição de habilidades de comunicação não apenas reduz a frustração, mas também promove a participação ativa da criança em suas interações sociais e rotinas diárias.
Além do ensino de habilidades positivas, a ABA também se concentra na redução de comportamentos desafiadores, como agressão, birras intensas ou automutilação. Através da análise funcional, os terapeutas identificam os fatores que precipitam e mantêm esses comportamentos, permitindo o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes. Essas estratégias podem incluir a implementação de rotinas estruturadas, o ensino de habilidades de autorregulação, a modificação do ambiente e o reforço de comportamentos alternativos. Ao abordar as causas subjacentes dos comportamentos desafiadores, a ABA ajuda as pessoas com TEA a desenvolver formas mais adaptativas de lidar com situações estressantes ou demandas difíceis.
Ao trabalhar com indivíduos com TEA, a ABA reconhece o papel fundamental da família. Os terapeutas ABA envolvem ativamente os pais e cuidadores no processo de intervenção, fornecendo treinamento e orientação para que eles possam aplicar as mesmas estratégias em casa e na comunidade. Esse envolvimento familiar fortalece a generalização e a manutenção dos ganhos obtidos durante a terapia, garantindo que as habilidades e comportamentos positivos sejam generalizados para diferentes ambientes. Além disso, a participação ativa dos pais empodera-os a se tornarem agentes de transformação na vida de seus filhos com TEA.
Por fim, a ABA demonstra ser uma abordagem abrangente e eficaz no manejo de comportamentos em indivíduos com TEA. Ao compreender os princípios subjacentes aos comportamentos, ensinar habilidades essenciais e reduzir comportamentos desafiadores, a ABA contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias. E esse é o compromisso de Sergio.
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Prof. Sergio Machado, Ph.D.
Formações:
Graduado em Educação Física.
PhD em Ciências do Desporto (UBI/Portugal).
PhD em Saúde Mental (IPUB/UFRJ).
Pós-doutorado em Saúde Mental (IPUB/UFRJ).
Pesquisador do Laboratório de Pânico e Respiração (IPUB/UFRJ).
Neurocientista – Coordenador: Centro de Neurociência da Atividade Física – Instituto Neurodiversidade.
Sócio-Diretor – Instituto Neurodiversidade.
Rua Benedito Bornes Barros, 295, Centro,
Queimados – RJ, Brasil.
Telefone: (21) 99156-7006.
Sites:
http://www.oinstitutoneurodiversidade.com.br
http://www.auniversidadedoautismo.com.br
E-mail: secm80@gmail.com
Currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/0095550072802463
ORCID:
http://orcid.org/0000-0001-8946-8467
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