O ozônio é uma bio-molécula rica em energia que melhora o processo de oxigenação, possui propriedades oxidativas (provoca uma oxidação aguda benéfica ao organismo), tem efeito antimicrobiano e é capaz de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos e aumentar o número de fibroblastos, que são responsáveis pela regeneração, melhora o sistema imunológico e estimula os glóbulos vermelhos transportando mais oxigênio até as células, promove a eliminação de radicais livres, o que faz da Ozonoterapia um tratamento indicado em diversas de patologias, pois modula as estruturas celulares desde a mitocôndria.
A reação entre a molécula de ozônio e os fluídos corporais, resulta na formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nos produtos de oxidação lipídica (POL), que responsáveis pelos efeitos biológicos da ozonioterapia a curto e longo prazo.
Os produtos de oxidação lipídica causam vasodilatação ao atuar no endotélio, causando liberação de prostaciclina, interleucina-8 e óxido nítrico. As espécies reativas de oxigênio causam agregação plaquetária e liberação de fatores de crescimento derivados de plaquetas, transformando o fator de crescimento e interleucina-8, que desempenham um papel importante na rápida cicatrização de feridas.
A ozonioterapia apresenta-se como promissora e eficaz alternativa no tratamento de diversas lesões, tais como ulceras em pés diabéticos, ulceras varicosas, lesões por pressão, queimaduras, infecções de sítio cirúrgico, lesões extensas com perda tecidual, dentre outras lesões por causas variadas que comprometem a integridade da pele.
Conforme a finalidade terapêutica, a dose e a forma de aplicação, o ozônio é capaz de acelerar o processo inicial de cicatrização, estimular a formação óssea, aumentar a oxigenação dos tecidos, promover efeito anti-inflamatório, analgésico e bactericida, intervindo diretamente no equilíbrio das reações metabólicas de óxido-redução.
Principais ações da ozonioterapia no organismo:
• Modula o sistema imunológico através da ativação neutrofílica e liberação de citocinas e fatores de crescimento (pela ativação plaquetária) levando a regeneração;
• Melhora a drenagem linfática • Efeito lipolítico (quebra de gordura);
• Aumenta a oxigenação e circulação/microcirculação sanguínea para tecidos isquêmicos, melhorando o metabolismo como um todo;
• Efeito bactericida e fungicida;
• Regula o metabolismo e as funções hepáticas, renal e tireoidiana;
• Estimula a síntese de enzimas antioxidantes intracelulares como glutationa peroxidase (GSH), glutationa redutase (GSR), catalase (CAT) e superóxido desmutase (SOD);
• Otimiza a liberação de ozônio nos tecidos;
• Modula a cascata inflamatória (citocinas) inativando substâncias algógenas através da oxidação;
• Libera óxido nítrico (vasodilatação);
• Melhora da angiogênese.
No processo de cicatrização de feridas, o ozônio tem um efeito oxidativo nos microrganismos, além disso, através da oxigenação dos tecidos auxilia na formação de tecido de granulação ajudando na cicatrização.
O Ozônio permite que a hemoglobina ligada ao oxigênio (oxihemoglobina) seja descarregada mais prontamente nos tecidos isquêmicos demonstrando melhorar a circulação sanguínea nesses tecidos.
As dosagens e concentrações aplicadas não seguem um padrão, e dependem de fatores como o estágio da ferida, se está infectada, necrosando ou epitelizando. Para tanto é fundamental saber avaliar a ferida, estabelecer outras medidas como desbridamento e a partir disso elaborar protocolos individualizados para cada paciente.
Em inúmeros casos, alguns que inclusive estavam indicados para amputação, o ozônio tem se mostrado uma terapia eficiente e segura, proporcionando ao paciente melhora do quadro clínico e da qualidade de vida.
O O3 possui benefícios clinicamente relevantes que apoiam o seu uso, com efeito analgésico, ação antimicrobiana, germicida e fungicida, sendo indicado para o tratamento em lesões decorrentes do DM. A neuropatia diabética é a complicação do DM mais recorrente que leva a longas internações hospitalares no Brasil, e consequentemente a números elevados de amputações.
O Conselho Federal de Enfermagem reconhece a Ozonioterapia como terapia complementar possível de ser realizada por enfermeiros em todo o território nacional, através do Parecer Normativo n° 001 de 2020, o profissional enfermeiro pode prescrever a Ozonioterapia como terapia complementar seguindo os protocolos nacionais e internacionais, tendo a Declaração de Madrid (2010) como principal instrumento orientador para as vias de aplicação correspondentes.
Em 2018, o Ministério da Saúde incluiu a Ozonioterapia como terapia reconhecida na Política Nacional Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). A câmara técnica de Atenção à Saúde do Conselho Federal de Enfermagem emitiu o Parecer n° 308/2015 respaldando o uso desta terapia aos profissionais que recebam qualificação adequada. A resolução do Cofen n° 567/2018, complementa, reforçando a automia do profissional para uso em clínicas como recurso terapêutico no tratamento de feridas.
Meu nome é Vivian Bezerra Di Gregorio, sou enfermeira formada há 23 anos pela Universidade Católica de Santos, COREN 93640 ENF – SP e Enfermeira Estomaterapeuta Reg. No 66644.
Estou a frente da Derme Saúde desde outubro de 2020 oferecendo serviço de Enfermagem especializada em Avaliação e Tratamento de Lesões de Pele através de uma abordagem holística orientando o paciente e família até a completa cicatrização, utilizando as melhores práticas e conceitos internacionais e com as principais tecnologias para o tratamento de lesões de pele.
Vivian Bezerra Di Gregório.
Formação:
Enfermeira Estomaterapeuta
Especialista em avaliação e tratamento de feridas
Habilitada em Ozonioterapia
Capacitada em Laserterapia e Podiatria Clínica.
Atendimento Domiciliar em Santos e no Consultório:
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