No cenário contemporâneo, a ansiedade tem se mostrado uma das condições psicológicas mais prevalentes, não apenas no Brasil, mas globalmente. Como psicóloga e terapeuta cognitivo-comportamental, é fundamental abordar a importância de reconhecer e tratar adequadamente a ansiedade, dada sua relação intrínseca com outros problemas de saúde mental, como a depressão.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de transtornos de ansiedade. No Brasil, pesquisas indicam que cerca de 9,3% da população apresenta algum tipo de transtorno de ansiedade, o que representa um número significativo de pessoas necessitando de atenção e cuidado específicos.
A ansiedade, quando negligenciada, pode evoluir e se tornar um gatilho para outras condições psicológicas. A depressão, por exemplo, é frequentemente associada a estados prolongados de ansiedade não tratada. A constante sensação de preocupação, medo e tensão pode exaurir os recursos emocionais e cognitivos de um indivíduo, levando a um estado de apatia e desesperança característico da depressão.
O descuido com os casos de ansiedade é preocupante. Muitos indivíduos, por desconhecimento ou estigma social, resistem em buscar ajuda profissional, perpetuando um ciclo prejudicial para sua saúde mental. É crucial entender que a ansiedade não é simplesmente “preocupação excessiva” ou “nervosismo”. Ela é uma condição clínica legítima que requer intervenção especializada.
Como terapeuta cognitivo-comportamental, enfatizo a importância de abordagens terapêuticas específicas para o tratamento da ansiedade. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz na identificação e modificação de padrões de pensamento e comportamento que sustentam a ansiedade. Além disso, técnicas de mindfulness e meditação podem ser integradas ao tratamento, proporcionando ao paciente ferramentas para gerenciar sintomas e promover o bem-estar.
É imperativo que a sociedade, incluindo profissionais de saúde, educadores e familiares, esteja atenta aos sinais de ansiedade e ofereça suporte adequado. A educação sobre saúde mental deve ser priorizada, desmistificando conceitos errôneos e incentivando um diálogo aberto sobre o tema.
Em conclusão, a ansiedade é uma realidade que não pode ser ignorada. O descuido com sua abordagem e tratamento pode abrir portas para complicações mais graves, como a depressão. Compreender, reconhecer e agir são passos fundamentais para garantir que aqueles que sofrem encontrem o caminho da recuperação e bem-estar emocional.
Por Lorena Rosa , Psicóloga e Terapeuta Cognitivo-Comportamental.
Lorena Gabrielle Moreira Rosa
Psicóloga clínica formada pela PUC Minas
CRP-MG 04-60619
Especialista em Diagnóstico e Avaliação Psicológica pela PUC Minas
Formação em Terapia Cognitivo Comportamental
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